sábado, 6 de junho de 2009

A gente espera, certo?



Você pretende uma seriedade que não há
em versos livres, quedas livres e cometas
em saltimbancos cheios de pó nos calcanhares
e nas marias que um dia eu beijei com medo.
VocÊ pretende ser o que nunca será
pois é perfeita assim, na imperfeição
a sua maior virtude é saber pecar
a sua candura há de te ter na perdição
Olha, maria, eu sei rimar. Mas ainda assim
mal consigo viver a vida sã. Seria muito o que pedir
se pedir é emprestar, eu pediria amor
Mas não amor aguado, nem amor malsão
Quem sabe um amor daqueles que se aprende
Qual ciência de vertigem ou origami
Quem sabe um amor que tenha amor no nome
Não só saliva, não só sêmen, nem só sangue.

3 comentários:

  1. Clap, clap, clap!!!!! (onomatopéia pra palmas, caso não tenha ficado claro. :D)

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  2. "Quem sabe um amor daqueles que se aprende
    Qual ciência de vertigem ou origami"

    Boooooooooooooa! (E rimar origami é coisa pra poucos, meu caro)

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  3. A gente espera e busca!

    Só não gostei do malsão, acho que não entendi. Muito bom!


    "Não só saliva, não só sêmen, nem só sangue."

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pode falar, eu não estou ouvindo