Do que eu encontro em seu lugar; do que é certo nas promessas. Do que é feito de papel – rostos, noites, revoadas. Do que antes se vendia; do que o mar trouxe de longe. um barco, um deus, um horizonte; do que surte outro efeito. Do que nunca foi descrito; do que nunca foi achado – fotos, corpos, eldorados. Do que é cedo e se disfarça, do que é braço atrás das costas. Do que é honra e o que é fado. Do que é desculpa e o que é resposta. Do que é passível de engano. Do que é súbito como um século, ou que é parte de um plano. Do que é rima, do que é verso. Do que eu prometo; do que eu encontro. Do que sobra das histórias. Do que é pus. Do que é posto, do que é imposto. Do que é fauna ou folclore. Ou são flores e algozes. Do que é gozo, do que é som – lábios, gostos, revisões. Do que às vezes me confunde. Do que sobe à garganta. Gritos, nomes, sangue.Do que é firme e do que é pólen. Cores, armas e estrofes. Do que é meu e não existe. Do que é forte e altivo. Do que é fraco e submisso. Do que é ar, do que expira. Do que é motivo ou desmotivo.
Do que emociona!
ResponderExcluirBoa, realmente boa.
ResponderExcluirgostei, de fato! ;]
ResponderExcluirgosto quando vc fala um monte de coisa com nada
ResponderExcluirDas infinitas possibilidades de que o mundo é construído.
ResponderExcluirótimo texto!
ResponderExcluir