Se eu passar na sua rua e forem sete horas, e o meu sorriso estiver se pondo, e meu coração estiver partido, e as minhas mãos de apontar estrelas se esconderem cheias de vaga-lumes, se eu passar na sua rua com as orelhas baixas, com a concha do olhar vazia, e esse mar escuro a marolar no peito. Se eu passar a vida sem aprender a valsa, e a vida passar em lentas negativas, na minha alma noturna e em outras mentiras. se por acaso eu confessar o crime, e consentir com um demônio travestido em espelho, às sete horas, a me sussurrar no ouvido: o que te importa é o fim, não os meios. Se eu passar da hora ou passar em branco, e se passarem vagas noites que eram cheias. Eu só te peço, menina, não me passe adiante, nem me deixe esquecer que essa vida não passa de areia.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Passagem
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ResponderExcluir[sua linha de pesquisa é mídia e cultura, ou me engano? é que não estou a fim de concorrer com você, sabe.]
Também não tô afim de concorrer com você não, zé.
ResponderExcluirEu também não tô afim de concorrer com você, Zé. Por isso pare de ligar pro meu namorado.
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