segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Passagem

Se eu passar na sua rua e forem sete horas, e o meu sorriso estiver se pondo, e meu coração estiver partido, e as minhas mãos de apontar estrelas se esconderem cheias de vaga-lumes, se eu passar na sua rua com as orelhas baixas, com a concha do olhar vazia, e esse mar escuro a marolar no peito. Se eu passar a vida sem aprender a valsa, e a vida passar em lentas negativas, na minha alma noturna e em outras mentiras. se por acaso eu confessar o crime, e consentir com um demônio travestido em espelho, às sete horas, a me sussurrar no ouvido: o que te importa é o fim, não os meios. Se eu passar da hora ou passar em branco, e se passarem vagas noites que eram cheias. Eu só te peço, menina, não me passe adiante, nem me deixe esquecer que essa vida não passa de areia.

3 comentários:

  1. .

    [sua linha de pesquisa é mídia e cultura, ou me engano? é que não estou a fim de concorrer com você, sabe.]

    ResponderExcluir
  2. Também não tô afim de concorrer com você não, zé.

    ResponderExcluir
  3. Eu também não tô afim de concorrer com você, Zé. Por isso pare de ligar pro meu namorado.

    ResponderExcluir

pode falar, eu não estou ouvindo