segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Conclusões parciais sobre aspectos de pouca relevância


- Você está em um engarrafamento. À sua frente, há um carro rebaixado, com som auto-motivo ligado no máximo e um baixinho de óculos escuros com o braço malhado para fora, mexendo com todas as criaturas do sexo feminino que passem na calçada, incluindo pombos. A probabilidade de que a próxima música que ele vai escolher para tocar seja Love of my life, do Queen é matematicamente igual à de você descobrir que sua namorada é na verdade a deusa nórdica das morsas.

- Depois de acaloradas discussões entre meus amigos, chegamos à conclusão de que a única maneira plausível de uma mulher vestir um colã é por meio da desmaterialização parcial do corpo. Ainda sobre esse tema, as pesquisas revelam: quanto mais curta a saia, mais tapada a dona. (é mentira, mas eu não podia perder o trocadilho).

- não adianta você perguntar para o Weyslyson, o filho da empregada da casa da sua avó, se o pai dele se chama Weysly. Ele não só não vai entender a piada como também vai responder que o pai se chama Osvaldo. Como também não adianta tentar explicar a um estudante do primeiro ano de medicina a diferença entre um RP e um Publicitário. Ele não só não vai entender como muito provavelmente vai responder coisas como: “ mas você precisa de uma faculdade pra isso?”

- depois de aguerridos estudos, cheguei à conclusão de que o único motivo que leva as pessoas a gostar de futebol é a regra do impedimento. Todo o resto não faz o mínimo sentido.

- se o seu colega, numa conversa de bar, cita três autores diferentes em uma mesma frase, a probabilidade de que o que ele esteja dizendo não tenha a mínima importância é igual à de que você vai acabar tendo que dar-lhe uma carona de volta para casa. Ainda nesse tema, a chance de um cara que utiliza a expressão “Hermenêutica do discurso” mais de duas vezes ao mês se tornar um frustrado emocional é exatamente igual à chance de o próximo dia depois da quinta ser sexta.



- é fascinante como palavras como " probabilidade", " chance" e " conclusão" dão um ar de objetividade científica a qualquer afirmativa preconceituosa. A probabilidade de que pessoas utilizem discursos objetivos para expressar opiniões subjetivas é tão grande que só podemos chegar à conclusão de que não existe nada mais subjetivo que a objetividade.

3 comentários:

  1. Análise brilhante, admito. E "a probabilidade de que pessoas utilizem discursos objetivos para expressar opiniões subjetivas é tão grande que só podemos chegar à conclusão de que não existe nada mais subjetivo que a objetividade" é uma dessas frases que eu vou anotar pra tentar repetir quando estiver bêbado.

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  2. Você realmente discutiu sobre como uma mulher veste um colã? ahushuas ô,Não é pela desmaterialização parcial do corpo! Eu nao posso te dizer, porque você nao duraria muito depois que descobrisse. haha

    Beijo!

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  3. Li ha tempos esse pot aqui, mas como estou com problemas de conexão n consegui comentar. Excepcional!

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pode falar, eu não estou ouvindo