Pra não dizer que não falei do BBB

Todo mundo está vendo o BBB. Está em todas as conversas de ônibus, nas academias, nos salões de beleza. Está estampado em capas de revista e em manchetes de jornal. Nas matérias principais das páginas da Internet, no twitter, nos programas vespertinos de amenidades. Todos comentam o BBB. Nas fofocas de departamento, com os comentaristas jovens das rádios, entre as tias entediadas da família, entre uma propaganda e outra da tv. Não há como escapar do BBB. Na conversa com a empregada ou com o chefe, mesmo nas críticas insensatas da ala estudadinha, nas pesquisas acadêmicas, nas mensagens indesejadas de celular, nos bares e casamentos. Em todos os lugares. O BBB está vendo todo mundo.

Mas, segundo a Marília, eu estaria pelo menos uma década atrasado se pretendesse fazer críticas ao BBB. Segundo a ruiva, além de clichê, falar do BBB seria um tanto inócuo. Atrasado e inócuo, pois os excessos contumazes dividiram nossa sociedade em duas equipes de chatos: os chatos ativos que fazem coisas ridículas e os chatos passivos, que vivem criticando as coisas ridículas. Então, para não entrar no primeiro ou no segundo grupo, decidi não falar nada sobre o programa.